Archive for outubro, 2009

minhas modelos…

gente, essa aqui foi uma séris de desenhos que fiz… por trabalhar com imagem, gosto de beleza, e isso essas moças tem de sobra… tudo bem que a izzie é a mais linda…

embaixo de cada foto segue o blogue de cada uma… além de lindas, escrevem… e bem!

os desenhos estão na ordem que foram produzidos:

contosemfada.blogspot.com

nasharasilveira.blogspot.com

isoca.wordpress.com

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25/10/2009 at 17:14 14 comentários

meu brinquedo novo…

fotos tiradas com meu novo brinquedinho…um autorretrato…


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23/10/2009 at 09:27 3 comentários

a estranha história da mulher que comeu a própria cabeça…

Dia 5 – Quarta-feira – 12:17 – Largo da Carioca – Centro Histório do Rio de Janeiro

Gritaria, sirenes, calor, pessoas passando mal, ambulâncias, câmeras de TV, policiais, câmeras de celular, sol forte, uma maca passando, desespero, sangue – muito sangue, ‘meu Deus! Ela comeu a própria cabeça!’

Dia 5 – Quarta-feira – 10:09 – Largo da Carioca – Centro Histório do Rio de Janeiro

Soraya pega uma cadeira de praia, senta-se no meio do Largo, pega uma caneta grossa e escreve no papelão de uma caixa de mudanças: 12:00 VOU COMER MINHA CABEÇA

Dia 1 – Sábado – 23:27 – Casa da Soraya – Bairro do Flamengo

Soraya espera ansiosamente uma ligação telefônica.

Dia 6 – Quinta-feira – Televisão – Programa de debate

“Impossível alguém comer a própria cabeça. Se ainda fosse de alguma uma outra pessoa, mesmo assim, seria difícil. Mas como chamaremos isso? ‘Autofagia’? Deve ser algo forjado. Dá pra entender o absurdo que isso é? Alguma jogada de marketing, só pode.”

Dia 29 – Quinta-feira – 21:21 – Rua Marquês de Abrantes – Bairro do Flamengo

Ninguém estava pensando nela.

Dia 2 – Domingo – 3:44 – Casa da Soraya – Bairro do Flamengo

Soraya, que já estava dormindo, recebeu a tão esperada ligação.

Dia 28 – Quarta-feira – 12:02 – Largo da Carioca – Centro Histórico do Rio de Janeiro

Ao sair de seu trabalho para almoçar, Soraya sentiu uma fome estranha. Olhou a sua volta, viu um ótimo guitarrista de blues não-valorizado vendendo seus discos, ninguém dava-lhe atenção, uma multidão de pedintes misturava-se aos transeuntes do local.

Dia 6 – Quinta-feira – Televisão – Programa Religioso

Abram em I Coríntios, capítulo 11, versículo 29: poooois… quem coooooome e beeeeeebe… sem distinguiiiiiiir devidameeeeeeente o cooooooooorpo… come e bebe SUA PRÓPRIA CONDENAÇÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

Dia 5 – Quarta feira – 9:22 – Casa da Soraya – Bairro do Flamengo

Soraya acorda, olha a cabeceira de sua cama, vê sua aliança, seus lenços de papel amassados, seus planos chorados e sua vida sem rumo e futuro. Decidiu não mais viver. Após 3 dias sem sair de casa e só chorar e dormir, sem se alimentar, resolveu sair de casa, comer e morrer.

Dia 5 – Quarta-feira – 12:42 – Largo da Carioca – Centro Histórico do Rio de Janeiro

Repórter de TV: “Estamos aqui, no Largo da Carioca, onde, supostamente, a secretária Soraya Sousa, de 26 anos, comeu a própria cabeça. Os motivos ainda são desconhecidos. As pessoas que viram os fatos estão estarrecidas. Ainda não se sabe ao certo o que foi que aconteceu.”

Repórter de outro canal de TV entrevistando um senhor de terno:

– O senhor viu tudo o que aconteceu?

– Rapaz, eu estava passando por aqui, e vi umas pessoas gritando, aquela moça (aponta para um banco de plástico onde se encontra uma senhora de massa corpórea avantajada, suando – sua blusa rosa, do mesmo tom de suas bochechas, cheia de rastros de umidade embaixo das dobras dos braços, das dos seios e das do abdómen – cabelo desgrenhado, passando um pano na testa, apertando uma das mãos contra o peito, olhando pra cima, balançando a cabeça, parecendo não acreditar no que via e balbuciava alguma palavra ininteligível) desmaiou umas 4 vezes. Não sei ao certo até onde ela estava realmente passando mal ou se queria chamar mais atenção que a coitada que comeu a cabeça…

– Mas o senhor a viu comendo a cabeça?

– Eu vi, mas essa daí tava chamando tanta atenção, gritava, caía, e levantavam-na, e caía de novo, que não pude ficar com a atenção na moça, que nem estava acreditando que ela ia comer a cabeça, mas quando olhei de volta, pronto: estava ela sem.

Dia 29 – Sexta-feira – 16:01 – Agência Bancária – Avenida Rio Branco

Soraya acabara de conversar com seu gerente. Seu casamento seria financiado e ainda conseguiria dar entrada no seu apartamento: seu sonho estava se realizando.

Dia 7 – Sexta-feira – 15:36 – Televisão – Programa da tarde

Muitas vezes não comemos como deveríamos, comemos em excesso e, contínuas vezes, alimentos que são verdadeiros venenos ao organismo… Ah, mas são tão bons, né?! Então, papel e caneta na mão, vamos anotar a receita do leitão à pururuca!

Dia 30 – Sábado – 11:12 – Casa da Soraya – Bairro do Flamengo

Ao telefone, Soraya discutia com sua mãe:

– Mãe! A senhora não está entendendo: eu vou casar!

– Mas minha filha, eu sei que já era hora, mas com esse rapaz? Ele é um rapaz correto pra você?

– Não importa, mãe! Eu já estou cansada dessa vida… Ele vai me tirar daqui! Não aguento mais a senhora no meu ouvido.

– Você é muito ingrata! Seus irmãos não são assim.

– Tô cansada de você! Cansada do meu emprego, cansada de tudo! Tive uma luz! Me deixa em paz! Eu vou embora!

Dia 16 – Domingo – 20:02 – Televisão – Revista Televisiva

E, mesmo depois de duas semanas, a estranha história da mulher que comeu a própria cabeça continua tendo repercursões de todos os cantos do planeta. O motivo de tal ato desesperado ainda é desconhecido. As autoridades locais procuram provas, testemunhas, qualquer coisa. Marilene Cândida, a famosa senhora que aparece desmaiando consecutivamente, nos vídeos amadores, fala sobre o assunto:

– Num era coisa de Deus não, num sabe? Foi um absurdo! Menino! Eu estava passando, num sabe? Fui comprar o enchovalzinho pro Wandersonzinho que estava pra nascer, num sabe? É o quarto filho da minha filha, que minha filha num tem muitas condições, num sabe? Minha filha é um pouco desafortunada, o marido bebe muito, num sabe? Aí eu fui lá, comprar roupinha pro neném e tava passando por lá, vi uns ‘pessoal’ gritando, uns ‘pessoal’ falando que duvidava e fui entrando no meio, num sabe? Fique curiosa, queria ver o que era, e fui lá, num sabe? Quando vi, menino! Nossa! Num era de Deus, num era!

Segundo a mitologia chinesa, o Tao Tie, que representa a ganância, é uma espécie de gárgula, aquelas que encontramos nas vasilhas antigas, de bronze, e é o quinto filho de um dragão, com um apetite que chega a comer a própria cabeça.

A seita Soh Rhay-Ha divulgou as imagens da, como eles chamam, ‘estrela que eclodiu’, no momento exato de sua autofagia. A filmagem foi feita pela única câmera de celular que conseguiu chegar perto a multidão e não se desviar ao ver Marilene desmaiando. A qualidade  não é muito boa, mas podemos ver, exatamente o momento em que ela começa ‘eclodir’. Aviso: imagens fortes a seguir, por favor, quem tiver algum problema de saúde, não veja. Vamos ao vídeo:

Numa gravação de celular, mal definida, encontra-se o Largo da Carioca, uma menina sentada e uma multidão à sua volta. O marcador da câmera mostra que são 11:58. Todos começam a gritar ‘começa! Começa! Começa!’. As pessoas ficam mais eufóricas, Soraya se levanta, a imagem é ruim, muito ‘pixelada’, alguem grita ‘comer a cabeça, é? Come essa daqui, então!’, a multidão ri, acha graça da desgraça alheia, ela levanta os braços pro ar, segura a cabeça, mal dá para ver, é preciso muita atenção. Marilene dá um grito desesperado “Meu Deus! Alguém ajuda ela!’ e desaba no chão. Soraya abre a boca, projeta seu maxilar à frente e ‘Bateria Baixa – Desligando o telefone’.


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20/10/2009 at 15:02 3 comentários

ontem…

ontem eu queria ter te dito o quanto você me faz feliz…

eu queria ter te dito que nesse último mês (exatamente um mês) tenho me sentido completo…

queria ter dito que a minha busca acabou…

ter dito que você é única, singular, ímpar…

dito que te amo umas 38 mil vezes…

não consegui… tudo bem…

terei até meu último suspiro para te dizer isso todos os dias…


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19/10/2009 at 00:13 3 comentários

eggclipse…


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13/10/2009 at 23:11 2 comentários

eu não quero namorar (com você!)… [Atualizado dia 19/10/09]

‘Enviar’

Viu umas quatro ou cinco vezes esse botão, mas antes de mandar, releu o texto:

Não sei o porquê de te enviar esta mensagem, mas a vontade está aqui e assim estou fazendo. Outro dia, caminhando na rua, te vi com uma pessoa. Até então, normal, você já não me ligava mais, achei que pudesse ter acontecido algo do tipo, realmente. Ao encontrar os amigos em comum vi que você, logo você, que vivia dizendo ‘não quero namorar, não estou nessa época, não me sinto à vontade, tenho que me preparar’, estava, para meu espanto, namorando.

É, reler aquilo era duro. Não fazia idéia do quanto gostava. As memórias pipocavam. Por quê não deram certo? Sem resposta, continuou.

Não acreditei, claro! Será que tudo o que vivemos foi em vão? Será que ter me jogado em uma relação sem futuro me valeu a pena? Meu peito dói. Não sei qual a sua parcela de culpa. Talvez todas. Talvez nenhuma. Falta de aviso não foi. Incansáveis foram as vezes que repetistes para mim: não quero namorar!

E como o sol encoberto pela tempestade, você sumiu! – Ai, isso não, brega demais. (delete) Você sumiu! Desapareceu da mesma forma que apareceu. Mas você mudou a minha vida. Abriu um mundo novo. Como alguém de suma importância pode ir sem ao menos dar ‘tchau’? Quero continuar nesse universo que você me apresentou, mas como? Estas questões ficam martelando, martelando, martelando… Não encontro respostas.

Não se conteve: chorou!

Fui catar umas fotos nossas. Como nos divertíamos, não? Entrei na sua página de relacionamento para ver suas fotos. Primeira coisa de notei foi o seu status de relacionamento: ‘namorando”, logo quem ‘não queria namorar’. E várias imagens no album. Todas bloqueadas para mim. Tudo bem, como minha curiosidade foi grande, e mudei o meu X9 para ver suas fotos em páginas de amigos. Todas em que estavas, aquela outra pessoa estava contigo. estavam felizes, né?! Tudo o que me prometestes, fizeram juntos. Mas por quê? Não seríamos um casal bom o suficiente? Eu apostava tudo em nós.

Acredito que te faria mais feliz. – Pesado, não? Talvez prepotente. Ah, tô com raiva, mesmo, vou mandar assim. – Não te vejo com a mesma felicidade que te via ao estar comigo. – Mentira! Essas fotos estão lindas! Como eles estão felizes! Nossa! Mas e eu? Eles estão tão bem. Mas qual o problema de namorar comigo? – Aconteceu alguma coisa? – Isso é complicado, vou acabar ouvindo o que não quero… Ou será que quero? – Por favor, se precisares de um ombro amigo, estarei aqui, tá? Pode contar comigo, já que, as circusntâncias fizeram eu perder uma pessoa querida, da qual eu sempre confiei! – Essa é pra doer, mesmo!

Olho nossas fotos, lembranças, problemas que passamos juntos, risadas e não entendo como que o ‘não quero namorar’, pelo que eu entendi, era só comigo, né?

Mas é a vida. Dessa vez eu perdi. Ou será que ganhei? Não me mostra muito caráter ao dizer uma coisa e fazer outra. Eu quero uma pessoa assim do meu lado? Diz uma coisa e faz outra? Acho que não – Raiva! Não, não posso mandar isso, melhor apagar. (Delete) Vou colocar assim: – Mas é a vida. Não importa o que perdemos, apenas o que deixamos de ganhar. E, sinceramente, eu tinha muito a dar, porém, como não quisestes receber, a culpa não foi minha, – Mas o que eu fiz?! Por que não namorar comigo? – e, do fundo do coração, só quero que você seja feliz. Já que não é do meu lado, que seja dessa pessoa feia, sem classe, baixo nível total, afinal: cada um tem o que merece!


E apertou o ‘Enviar’.

(a Isis que me desculpe quanto ao título, mas, pode usar também e fazer a sua abordagem. Tivemos a idéia dele, juntos.)

Outro dia um camarada veio me dizer que namorar é verdo transitivo direto e não pede preposição, logo, o certo é ‘eu não quero namorar (você)’, porém, em minha defesa, recorro a Oswald de Andrade e a Carlos Drummond de Andrade:

Pronominais
Oswald de Andrade

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro


No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.


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09/10/2009 at 10:18 9 comentários

mais presente…

johnny bunny

johnny bunny (esse, infelizmente, fui eu que fiz)

Legítimo carioca
U
m menino com cara de grande
I
nda ontem caiu do skate
Z
oa a vida e brinca aos montes

Homem de fibra
É
o que diz ser
N
unca perde uma chance
R
i de todos, se quer saber
I
ndo além do nosso alcance
Q
ue fazer com o Luiz?
U
ma palmada não podemos dar
E
ntão só restar aguentar, curtir, amar

Monica Graça Valadares

Obrigado, Moniquinha! 🙂

OBS.: Eu não caí do skate, ok?! Deixando bem claro pra galera da oposição


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08/10/2009 at 09:05 11 comentários

ars longa vita brevis e a flor de lótus…

Quem não é fã do trabalho de alguém? Ser fã de uma pessoa só é válido quando o resultado de horas e mais horas gastas traduzem em sentimentos que serão arrancados por quem se arriscar a olhar/ouvir/sentir. Gostar de ‘um’ porque a natureza ajudou para que a beleza física fosse mais agradável é baixo, pequeno.

Ao ser fã, o que você imagina do seu ídolo? Sou, incontestável, e todos os meus leitores sabem, de Chico Buarque: acho o cara foda! Ele trata as palavras com o carinho que os anos me farão ter, já que o momento atual só me faz castigá-las – não por mal, mas elas me entendem.

Mas Chico Buarque não é um ser palpável, não é de verdade. Não posso sentar pra tomar um chopp com ele e perguntar se tem um disco novo em mente ou quando ele fará uma letra sobre mim ou de uma situação da qual presenciamos.

Quando esse blogue (no português, como as vezes me esqueço de fazer) foi criado, o momento era de renovação: estava saindo de um relacionamento e pensando (muito!) sobre o futuro, sobre a vida e do que estava procurando para o que estava por vir. Ele me deu muitas alegrias e forças para nunca desistir (sério! ele já me trouxe muitas alegrias!). E, por ele, surgindo vontades e mais vontades de feitos dos quais (ainda) não havia concretizado. Sua própria criação já foi um deles.

Comecei a escrever (coisa que sempre tive vontade), voltei a desenhar (mesmo que mal, mas não desisto) e a fazer coisas que não entendia o porquê de nunca ter feito. Uma delas foi pintar um tênis. E fiz. Depois dei uma melhorada, claro, mas se tivesse continuado uma merda, tentaria até, depois de muito tempo, desistir.

Pintar esse tipo de calçado, de uma marca famosa, posso dizer que foi o primeiro ‘desafio’ que cumpri. Mas para que ele fosse confeccionado, muita pesquisa sobre outros, e sobre quem já fazia, foi necessária. Em uma dessas pesquisas me deparei com os que mais gostei!

Eram tênis lindos, detalhados, cirurgicamente bem acabados, e ao olhar vinha a pergunta: foi feito à mão? Imposível! Isso foi impresso, não pode ter sido feito na munheca. Foram feitos à mão.

Claro que já vi a Capela Sistina, Mona Lisa, Salvador Dali (mesmo que de longe, mas conheço). Sei que existem trabalhos inacreditáveis. Mas você para pra pensar e vê um tênis, que é um acessório(?) do dia-a-dia, não imagina que ele é palco de uma obra da qualidade que ali portava.

Quis desistir, claro: ‘ah, não! Olha só o que essa menina faz? Nunca vou conseguir fazer isso!’. Claro que não, até porquê é a imagem dela, marca dela, traço dela. Nunca pensei em copiar, mas sim, chegar ao nível de excelência. Se chegarei ou não, também não é importante e sim, não desistir de tentar.

Meses atrás, após me socializar no Flickr (que é um lugar fantástico pra conhecer gente muito boa que faz trabalhos fantásticos), achei, não me lembro exatamente como, a mesma menina daqueles trabalhos dos quais, no final do ano passado, eu fiquei a babar e, se a primeira impressão foram desestimulantes (primeiros 30 segundos), nas segundas e terceiras, foram o gás necessário para fazer minhas coisas! Virou minha ‘musa’ inspiradora: o resultado de seu esforço, seja pra tênis ou qualquer outro objeto que faça, é a tradução de uma das coisas mais lindas que meus olhos já tiveram o prazer de passar sobre. Como pesquisa, sempre observo as maiores belezas existentes ao meu redor ou as que a internet possa me mostrar, logo: para chegar a essa conclusão, não tenham dúvidas do que falo.

Uma vez, no show do Toquinho, ele falou que um professor antigo dizia para ele que ‘se existe a voz de Deus na terra, ela é a música de Johann Sebastian Bach’. Minha vez, não sendo muito original, mas se Ele existe, e tem mãos na terra, com certeza usa as da Nanda Corrêa.

Tive o prazer de conhecê-la ao vivo, pessoalmente, cara-a-cara, on time, na bucha!

Conseguem imaginar o quão feliz foi pra mim? Quantas pessoas não passam a não-eternidade de suas existências admirando escritores, músicos, atores, cineastas, artistas e não conseguem chegar perto? Eu estive de corpo presente: passei uma tarde maravilhosa com a minha musa. Não me entendam mal, por favor. A menina é linda, mas não é isso, é a admiração pela qualidade de suas produções – lembrando que qualidade é o resultado de bom gosto, meticulosidade, beleza, escolhas certas, cuidado, carinho. E admiração esta, que me fez querer fazer mais e mais.

Tenho as dúvidas cabíveis a este texto, acredito não explicar o sentido da palavra ‘felicidade’ contida no coração (que tirando o nome do blogue, não é de poeta) deste que se propôs a fazê-lo, mas vamos lá, mais uma tentativa:

Todos os grandes têm sua marca, alguma característica forte. Se você ler alguma peça, pensa: Shakespeare. Se ouve certa melodia, Mozart. Vê um filme, Scorsese. Livro, Gabriel García Márquez. Desenho de uma flor de lótus: Nanda Corrêa – é inconfundível.

Imaginem se, ao trocar meia dúzia de e-mails com Chico Buarque, ele faz a seguinte pergunta: moramos no Rio, né? Quais as cargas d’águas a gente ainda não se encontrou para bater um papo? – E ao se encontrarem ele te prepara para o seguinte: Olha, fiz uma música pra você, me diz o que achas?

Muita maldade, não? Claro que não! Maravilhoso! Maldade seria se lhe fizessem uma música na velicidade 5.

Ela me deu um sketchbook (pra quem não sabe, é um caderno de rascunhos) e na capa uma arte sua: segundo as palavras da própria ‘é a junção de um ícone que te traduz (uma coração [de {falso}poeta]) com um ícone que é o meu trabalho (a[s] flor[es] de lótus)’. Não é uma das coisas mais perfeitas desse mundo, gente?! Me digam: quantas pessoas nesse mundo já tiveram um prazer que chegue perto desse que senti? (No final do texto tem fotos dele!!!! Lindo!!!)

É possível que vocês possam imaginar como fiquei. Para minha humilde pessoa, isto é reflexo de sucesso, mas outro dia explico o porquê; hoje só quero agradecer ao Cosmos por ter colocado essa pessoa maravilhosa, talentosa e de um coração gigante no meu caminho. E que, assim espero, muitas outras tardes divertidas e maravilhosas estarão por vir.

Em ‘Querida’, de Tom jobim, há uma paráfrase de Hipócrates: ‘Longa é a arte, tão breve é a vida’. Caso vocês tenham a sorte de um dia passar por pelo menos 5% de uma experiência parecida com a que tive, vão entender o porquê de tanta felicidade e querer que a afirmação anterior seja mentira, embora saibamos de sua veracidade, finjo que não, e como um entusiasta, e fã, jogo à todos os ventos:

Vida longa à Nanda Corrêa!

Esse foi o sketchbook, não é a coisa mais linda?

coracaodepoeta_bookcovercoracaodepoeta_bookcover01coracaodepoeta_bookcover02

Para conhecer mais sobre a moça:

flickr.com/photos/nanda_correa

E para os interessados em encomendar suas maravilhas, o endereço do Atelier:

kammiatelier.com

Se a vida tem me reservado encontros assim, com amizades maravilhosas como resultado (rezo ao Universo que sim – e ele tem me demonstrado isso – olha o olho-de-boi, hein?!), recorro a Fernando Sabino e, feliz em dizer, termino por aqui: nasci homem, morro menino


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04/10/2009 at 22:36 11 comentários

o amor nos tempos da gripe… [ensaio]

“…E quem um dia irá dizer / Que existe razão / nas coisas feitas pelo coração…”

5 anos.

5 anos foi o tempo que ele esperou-a.

E a espera foi longa. 5 anos.

Há 3 havia se declarado. Ela não sabia. Viajou. Após 2 anos de ausência, expôs.

Ela estava casada, ele não sabia. Apaixonara-se por um argentino. Menina nova, estava perdoada.

Não se conteve e disse a ela. Mandou-lhe um e-mail. Ela leu. E gostou. E pesou sua vida. Não tinha saída.

Casada. Pouco tempo. Mas fora uma paixão. A chama apagou. Sua vida pertencia ao país vizinho.

“…E no meio de tanta gente eu encontrei você / Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio…”

… (…) …

Como a EPIDEMIA de gripe suína saiu dos noticiários, este texto, que começara a ser escrito no dia 21/08, não tem mais a razão de ser terminado, mas o registro do ensaio de um conto com trilha sonora. Se alguns dos 12 leitores (olha como consegui mais!!!) tiveram gostado da idéia, fiquem tranquilos: tenho mais, o problema desse é que ficou obsoleto.


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02/10/2009 at 11:03 4 comentários


Coração de Poeta


sou só um mensageiro, um profeta, contador de estórias: coração de poeta

flickr...

esperança…