Archive for janeiro, 2009
falta de companheirismo…
– carlinha, num vou não…
– aonde?
– no aniversário da paulinha, na boa… ‘tô afim hoje, não… esse pessoalzinho dela é muito chato…
– e…?
– e daí que eu não vou…
-tudo bem… só tem um pequeno probleminha…
– e qual é?
– não existe essa possibilidade de você não ir… e nem vem, que eu não estou nem um pouco a fim de discutir sobre isso…
– como é que é?
– é isso mesmo… tô cansada, hoje…
– eu também… e quero é descansar… não quero saber da cor do tapete que a jurema comprou pro banheiro dela, qual a expectativa da paulinha com o novo namorado, que o márcio acha o namorado da paulinha ‘um gato’ e quer trazê-lo pra irmandade… ai, saca? cansado dessa mesmice, entende? é sempre a mesma coisa… já tenho que aturar isso no trabalho… no meu momento de lazer, eu juro que não estou afim de passar por isso…
– tudo bem… pode ser chato pra você… mas se os meus amigos são chatos, talvez eu também seja uma chata, não acha?
– não, carlinha, não acho, não… e eu não desgosto deles, apenas não estou com paciência para aturá-los hoje…
– ah, aturar, é? meus amigos deveriam agradecer a você, né? por você ‘aturá-los’… ninguém os atura, mas você, mesmo com toda a sua pompa, classe, educação erudita, ainda assim, arruma um lugarzinho do seu precioso tempo, da sua elevada cultura para aturá-los, né? nossa! como eles têm sorte, hein?!
– ih, rapá… carlinha, filhota… por quê você não vai sozinha, então? não é mais simples? você faz o que quer, e eu, o que quero… resolvido o problema!
– mas não existe problema… e muito menos essa possibilidade… você vai comigo e ponto!
– eu não quero ir… qual parte você não entendeu?
– mas por quê você não quer ficar comigo?
– eu quero ficar com você, eu apenas não quero ir nesse aniversário…
– eu fui no aniversário do môa…
– pois é… foi, claro… mas foi avisada.. disse claramente que não era obrigada a ir, que se não quisesse, não ficaria chateado… disse como eram as pessoas… foi porquê quis…
– ingrato! fui pra ficar com você… quase não te vejo… quero ficar contigo e você ainda reclama? além de ficar com seus amigos bobos e infantis pra ficar do seu lado, você ainda reclama?
– não estou reclamando… e quantas vezes eu já não fui a eventos dos quais eu não queria só pra poder ficar com você?
– ah! e ainda fica jogando na cara, é? vai pra depois ficar me cobrando… é isso mesmo?
– não, não é isso… só fiz o mesmo que você!
– nem vem! não quer ir por quê? qual o nome dela? conheceu onde? é mais bonita que eu?
– não tem ‘ela’ nenhuma, apenas não quero ir… sei lá… quero ficar em casa, beber uma cerveja, ver um filme…
– que filme?
– sei lá…
– ah… prefere ficar em casa e ver um filme que nem sabe ainda qual é, a ir comigo pra festa da paulinha, né? muito obrigado pela consideração, senhor pablo…
– ‘as loucuras de amor platônico’…
– logo esse filme? eu te chamei pra ver no cinema e você disse que não iria porquê deveria ser uma merda, não deveria ser legal, que quem me indicou não gostava de cinema…
– meu Deus!
– reza… reza, mesmo… é bom rezar, mesmo…
– carla, ok! o que você quer que eu faça, então?
– eu quero que você vá comigo ao aniversário da paulinha…
– isso eu já disse que não quero…
– mas eu quero que você me faça companhia…
– pra festa da paulinha eu não vou…
– mas é que o pessoal dela é muito chato, sem você não vai ser a mesma coisa… enquanto a jurema fala do tapete e a paulinha do novo namorado, a gente poderia falar do nosso velho namoro, que já deveria ter virado, há muito tempo, um noivado novo e aproveitar e ver a cor que deveríamos colocar no tapete, você não está pensando em morar comigo?
– pra festa da paulinha eu não vou! não vou! nunca mais eu vou à ‘festas da paulinha’!
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soneto da falta de inspiração…
mesmo que vejas aquele filme
pensando seres tu, o próximo
a fazê-lo, puta-que-pariu-me!
relaxa-te e goze o máximo
se ao pegar a folha em branco
o que parecia grande idéia,
foge-te ao som do arranco
como em um sono na boléia
esqueça esta vontade toda,
o melhor é deitar-se ao luar que
vaga, te deixando obsoleto
então saiba do mais: que se fôda
parafraseando chico buarque:
‘quase que eu fiz um soneto’
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o caso da rua plerck…
três foram as últimas badaladas ouvidas naquela madrugada de 31 março… susie baker tropeçava nos próprios pés a caminho de casa… o motivo de tamanha bebedeira: na véspera de completar 23 anos, seu noivo havia sofrido um acidente de automóvel e encontrava-se em coma… o casamento estava marcado para o dia 7 de abril, uma semana após o aniversário de susie…
os pais de derek não deixavam-na entrar no quarto… diziam que o acidente havia sido por culpa dela…
– foi imprudência de ambos – diziam eles, porém, retrucavam à favor do único filho – em 25 anos, nada parecido havia acontecido, depois que a senhorita resolveu ‘dar as caras’, essa situação se instalou em nossa residência…
sem querer julgar susie ou derek, a verdade é muito simples e dolorosa: susie não era quem os pais haviam planejado para derek… desde muito novo, diziam para seu filho que, depois de formado, se casaria com betty, sua prima… não sabe-se ao certo se por interesse da família de derek, afinal, betty era da parte nobre da família (a irmã da mãe de derek casara-se com um respeitado cidadão que, ao longo dos anos, recebeu o título de sir), ou se era um sentimento próximo ao ciúme, tendo em vista que os dois, na infância / adolescência, eram o que todos costumam chamar de ‘namoradinhos’…
marcie propôs a susie, depois da noite de orgias alcoólicas, uma carona… proposta negada! estava traumatizada com o acidente, sentia-se culpada… mesmo sabendo que nada havia feito… derek perdeu a direção ao tentar fingir que iria atropelar paul… este último era colega de trabalho de susie… trabalhavam na mesma empresa, mas em laboratórios separados; vizinhos…
naquela noite, pouco antes do acidente, eles haviam discutido na festa da empresa, após derek ver paul consolando o choro de susie, causado pela vergonha que seu namorado estava fazendo-a passar ao dançar apenas de sapatos, meias e roupa de baixo…
tinha um fraco para bebidas… não era inclinado a elas, diferente da namorada, mas não aguentava beber além de um copo… um simples copo… de qualquer bebida… era só ter álcool… ficava bêbado com café irlandês…
susie andara toda a rua baker cambaleando, todas as vezes das quais vira o nome achava graça, ‘minha rua!’ – e caia na gargalhada… chegando na esquina da rua plerck, viu seu sobrenome, de novo, estampado na placa e dessa vez não se conteve… os risos eram altos, muito altos… traduziam o desespero que estava sentindo naquela véspera de aniversário… ‘aliás, que horas são?’… olhou para o alto, procurou alguma torre com relógio e eram exatamente 3:58… quase quatro horas da madrugada… já passara meia-noite e sequer havia se lembrado do seu nascimento… nem marcie lhe dera os parabéns…
– ai, que vidinha… acho que quero morrer…
atenção, leitores: muito cuidado com o que desejam!
após profanar a vida com seus instintos de mulher abandonada, a sua redenção estava personificada na forma humana…
vestia uma roupa simples, mais que normal, mas não conseguiu identificar se era um vulto masculino ou feminino… conforme os passos iam tropeçando, mais próxima ao vulto ela ficava… passou por ele… continuo andando… um poste, um vulto, um cachorro dormindo… todos tinham a mesma importância para ela… mas susie tinha uma importância maior para o vulto…
agarrou-a por trás… o relógia avisava que as 4 horas da madrugada estava chegando… deu a primeira badalada…
– bléing…
o vulto sussurrou no ouvido dela:
– por quê você traiu a confiança alheia?
– bléing…
ela, sem entender o que estava acontecendo, falou suas últimas palavras, seguidas de seu último suspiro:
– eu fiz tudo o que foi pedido…
– bléing…
e um punhal de prata, cabo com revestimento de couro, as iniciais j.c. entalhadas em dourado, forjado, provavelmente, no final do século XVIII, atravessou a garganta de susie… e antes que o relógio desse a quarta badalada susie estava de joelhos, a última gota de vida acabara de jorrar de seu pescoço e ao soar do badalo, caía no chão… morta de arrependimento…
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Previsões para 2009
– Continuar plantando: desde o início do ano até o (nem tão) prezado momento, eu estou colhendo pequenos frutos que foram plantados no quarto final de 2008;
– Escolher melhor os trabalhos a serem feitos: que vão desde o projeto a ser fechado, como os ‘quens’ estão dentro, as pessoas que farão parte, qual o retorno financeiro e profissional (o mais importante, atualmente) que este gasto de energia poderá me trazer;
– Não tolerar o intolerável: durante anos vivi à margem dos meus próprios desejos e vontades. Fácil seria culpar alguém, porém, não existe culpado maior que a minha falta de força de vontade ou a capacidade de aceitar o que julgava não ser o certo e muitas das vezes – me arriscaria aqui, a dizer todas – não ficava satisfeito com a solução tomada;
– Aceitar as diferenças: e viva a diversidade! Linda fala. Viver isso é além da minha capacidade como ser-humano, nada, nem que seja na base da porrada, que eu não aprenda;
– Nem tudo o que é bom para mim, é bom para o outro: e vice-versa. Às vezes julgamos que determinada atitude pode ser boa para certas pessoas. Bem provável que realmente seja, mas infelizmente (ou felizmente, decida como preferir) o que é, foi ou será, bom para sua pessoa, não necessariamente, vai ajudar outrem. Ainda arrisco a dizer que, conforme a informação for recebida, ainda serás julgado mal;
– Ser mais político: dizer sempre o que pensa pode ser muito bacana entre seus amigos, os de verdade, mas isso nem sempre será encarado da mesma forma no seu meio profissional. Na dúvida, fique quieto;
– Trabalhar mais, de forma planejada, com maior qualidade: fazer o que achar que deve ser feito. Mesmo os projetos pessoais, que aparentemente sejam os mais difíceis de ser concluídos. Se não sair da marca 0 (zero), não sei onde posso chegar;
– Traçar objetivos e ir atrás: querer, querer, querer… e morrer sem. Isso não será feito nesse ano. Mesmo que a conclusão esteja muito além do esperado;
– Amigos, amigos, negócios à parte: este (velho) ditado é auto-explicativo;
(Como devem ter percebido, neste texto eu respeito os pontos [.] e as letras maiúsculas quando necessárias)
– Confiar mais no meu poder de poder: ‘eu posso!’;
– Me decepcionar menos com as pessoas: esse é bem difícil! Como fazer para que isso aconteça? Alguns diriam que ‘pessoas são decepcionantes’, outros seriam menos agressivos, mas igualmente incisivos ‘conheça bem as pessoas a sua volta’, mas vejo ser mais simples – pessoas são suscetíveis a erros, têm desejos e humor. Não julgue e aceite se quiser, não és obrigado a aturar o que acredita ser errado;
– Não conte com a programação alheia: independente de quem seja, irão ‘furar’ com você. Mais uma vez, cabe a ti, único e exclusivo, o poder de analisar a situação e tomar a decisão mais cabível ou a que toleres mais.
Embora tenha ficado com cara de texto de auto-ajuda (o que não deixa de ser, mas são conselhos únicos e exclusivos [de novo?] para mim, quem quiser seguir, será por sua conta e risco), estas são as metas para esse ano que se inicia. Espero ser um ser (profissional, pessoal, amoroso, didático, cultural, musical, artista) melhor ao tomar essas decisões.
Como costumo dizer nas minhas rodas de amizade: o meu ano já está traçado e programado. Então, se o acaso me fizer esbarrar com VOCÊ, não aches que foi obra dele, e por mais arrogante que possa parecer; foi eu que decidi que queria assim.
Um bom ano a todos e espero, de verdade, que todos se tornem pessoas melhores nesse ano que já se iniciou.Termino com um trecho de uma música que ouvia muito na minha formação católica (que já não mais o sou), da qual eu gostava bastante, aliás, que aprecio até a presente data:
O mundo dá tantas voltas
A gente vai se encontrar
Quero nas voltas da vida
A sua mão apertar
Feliz 2009!
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ah, quer saber? …
não havia um só dia na vida de tadeu em que não acontecesse o mesmo fato: um chato contando-lhe algo que ele não queria ouvir…
era simples, estava tadeu no ponto-de-ônibus e começavam:
– fogo, né? demora, hein? vou te contar… sabe que outro dia eu estava… – pronto! estava instaurado o clima… tudo propício: ônibus que demorava, sol de meio-dia, vontade de almoçar, ônibus que insistia em se atrasar e um chato ao seu lado, uma simples não-aparição do ônibus era um grande motivo para o importuno ficar lembrando o quão melhor era a vida há dez anos atrás, quando ainda não havia sido despedido da multinacional, e por aí vai…
as estórias eram sempre as mesmas, relembranças de tempos menos difícieis, onde tudo era, de certa forma, melhor… a vida passou, o devido valor não foi dado, e o momento de choro pelo leite não bebido era esse… mas tadeu, coitado (realmente, no sentido literal da palavra), não era o culpado, nem mudaria a vida de ninguém… ‘por quê me contam essas coisas?’, perguntava-se diariamente…
o mais impressionante, além da capacidade de aturar, era a de atrair… até em elevador, onde as conversas costumam ser corriqueiras, iam muito além do ‘tempo doido esse, né?’… talvez a culpa fosse de tadeu… talvez o seu semblante calmo, passivo, imprimisse que era um bom ouvinte… e realmente o fazia muito bem: não cortava, não ‘dava fora’, não fazia expressões faciais a dar a entender que não gostava (leia-se: caretas); levava tudo ‘numa boa’…
ao longo dos anos, aprendera a classificar os indigestos, dependia apenas do início da colocação, já estava prescrito o tipo enfadonha que estava por vir…
se a frase começasse ‘ih, isso me lembra minha filha…’ a conclusão logo era: mulher carente cuja atividade não a satisfaz, transpõe toda sua infelicidade no rebento…
algumas eram fatais ‘em 1957 eu fui pra brasília…’, ‘na época, meu pai era o dono da…’, ‘a gente não imagina que um amigo próximo vá fazer…’ ou qualquer argumento parecido: fracassados!
tadeu ouvia de tudo, era lamento o dia todo… certa vez, no mesmo dia, escutara três das expressões que mais odiava, não foram nem uma, nem duas… foram três: ‘antigamente’, ‘hoje em dia’, ‘só aqui, mesmo’… foi o último sopro na bexiga!
Decidido a mudar, a não mais levar reclamações alheias pra casa, escreveu num papel e foi dormir com a frase (composta por um verbo, um hífen e um promone) nas idéias…
passaram-se mais de dezoito horas do dia seguinte e nenhum (eu disse: nenhum!) mala o havia parado… nem o menino do amendoim ‘compra um, tio, só pra me ajudar’, como a insistência foi zero, mereceu…
após anos aturando, aquela frase (se é que podemos chamá-la de frase) estava entalada… parou em todos os pontos-de-ônibus que viu pela frente, pegou os coletivos mais cheios, enfretou todos os tipos de fila – mercado, banco, lanchonete, de ônibus(por quê, não?) – foi a prontos-socorro, e nada! não havia ninguém disposto a mudar seu humor…
tadeu ansiava por um chato…
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‘a desconstrução da estética pós-moderna’ ou ‘o não-texto’
– cláudiô, não dá mais não, cara…
– só um segundo…
– é sério, cláudiô… você não me dá atenção…
– falo já com você, calmaê, rapidinho…
– tá vendo? tá vendo como você não me dá mais atenção? só quer saber dessa merda…
– pô, martinha… não tá vendo que eu tô conversando?
– não tô vendo nada… estou vendo que você está aí, que nem um babaca, digitando até num poder mais nessa merda desse teclado, falando com essas piranhas que você nunca viu na sua vida e…
– epa! epa! epa! alto lá! não fala assim… já vi sim… olha as fotos delas aqui… estrelinha, ju lindona, raio de luz, …
– ah, cláudiô, num fóóóde! te chamo pra ir num cinema, tomar um chopp, comer uma parada e tu só fica nessa merda… até cheguei a pensar que você estava me traindo, ou pior, com outra… mas depois, me toquei da sua falta de capacidade de conseguir qualquer mulher, que só conversa com essas daí por ter uma parede de monitores à sua frente, aí o herói entra em ação… menininhas gordas, magrelas, espinhetas, feias e estranhas, cuidado: o super-cláudio entrou em ação!
– peraí martinha… já num te pedi um segundo, pô?
– cláudio, vai à merda! quer saber? eu vou sair! foda-se… vou sair por aí.. vou ficar num bar, tomando chopp sozinha, dando mole pra tudo que é filho-da-puta que estiver no bar pensando: ‘ih, uma mulher sozinha, deve tá carente e doida pra dar’ e quer saber? pela primeira vez na vida desse corno ele estará certo… e pela primeira vez ele vai se dar bem… e se tudo der certo: eu também!
– martinha, você agora começou a pegar pesado…
– aaaaaaaaaah, finalmente, né?! alguma revolta… alguma pontinha de…
– martinha, agora é sério… deixa só eu resolver um problemaaaaaaaaaaaço da fê aqui e já te dou toda a atenção do mundo…
– você não conhece a porra da fê, nunca viu na sua vida, não sabe quem é essa mulher, caralho! resolvendo qual problema dela? o modem dela desconectou? a internet dela caiu? ela não está conseguindo roubar a rede do vizinho? por favor, me fala, eu juro que tento ajudar também…
– martinha, você só vai me ajudar se me deixar, durante dois minutos, quieto aqui, falando com ela… já te disse que te darei toda a atenção do mundo…
– claudiô, você não vê que é tudo mentira? que é tudo carência dessas mulheres que não tem mais o que fazer da vida… se elas tivessem um trabalho, estudassem, tivessem um macho pra dar a elas o que precisam, te garanto que nada desses ‘problemas’ seriam realmente um problema…
– martinha, qual é a tua? não te falta nada, cara.. te dou toda a atenção que você precisa, sempre fiz o que você….
– atenção?!?!?! atenção que eu preciso?!?!?! olha aqui, seu filho-de-uma-puta: se você realmente me desse atenção, eu num ia tá te pedindo, caralho!!!
– martinha… dá pra parar, por favor? dá? tá começando a não ficar legal…
– cláudiô, ou tu desliga essa merda e passa aqui, agora, e vamos comer uma pizza e tomar um chopp ou nunca mais fala comigo!
– tá bom, tá bom… vou me despedir das…
– PÔR-RA NE-NHU-MA! OU PASSA AQUI AGORA OU TU TÁ FU-DI-DO!
– ai, martinha, ok, ok… tô indo praí, em 25 minutos tô aí embaixo, desliga o computador e desce… onde tu mora mesmo?
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quem anda comentando…